Como estudar Gramática para Concursos?
O primeiro passo a ser dado nesta
matéria é a revisão de conceitos básicos: MORFOLOGIA, que diz respeito às
classes de palavras, como substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, pronomes,
conjunções, preposições; depois, vale a pena retomar conceitos iniciais, por
meio da SINTAXE – que trata das funções que as palavras possuem no contexto
fraseológico, ou seja, sujeito, predicado, adjunto adnominal, adjunto
adverbial, objeto direto, objeto indireto, etc; por fim, é sempre bom ampliar o
vocabulário por meio de sinônimos, já que a parte da SEMÂNTICA, a qual aborda a
significação das palavras no contexto, exige que os candidatos façam
substituição de termos – mantendo correção gramatical e sentido originais do
trecho (ou do texto).
De fato, dominar as estruturas
morfossintáticas requer treino por intermédio de exercícios de provas
anteriores, preferencialmente que sejam comentados pelo professor. Note que os
comentários das questões ajudam os estudantes rumo ao entendimento do enunciado.
Observe uma questão do TJ/SE, da banca Cespe/UnB, aplicada em 2014: “No trecho:
‘envio de astronaves à Lua e a Marte’, a ausência do acento grave indicativo de
crase se justifica pela presença do conectivo ‘e’, empregado para ligar duas
expressões de mesma função”. Aí eu te pergunto: desde quando o conectivo “e”
tem relação com o uso do acento grave indicativo de crase? Questão totalmente
incoerente, já que não se utiliza acento grave antes de palavras masculinas em
que não esteja subentendida a expressão “à moda de”. Percebam o quanto as
bancas extrapolam os conceitos: se você dominar casos simples, até mesmo por
meio de “regrinhas” passadas em sala de aula, certamente logrará êxito.
Nessa perspectiva, os conteúdos que
você deve dar maior atenção na parte de Gramática são, entre outros:
Ortografia oficial;
Acentuação gráfica;
Classes de palavras;
Formação de palavras;
Flexão de gênero e número;
Modos e tempos verbais;
Emprego do sinal indicativo de
crase;
Sintaxe da oração e do período;
Termos essenciais, integrantes e
acessórios da oração;
Concordância nominal e verbal;
Pontuação.
Observe que quase tudo o que está na
Gramática é exigido do candidato (se fizermos uma análise em relação aos
assuntos que já foram cobrados). Entretanto, há sempre aqueles assuntos
“preferidos” pelos examinadores: usos do QUE e do SE. Já ouvi concursandos
dizendo o seguinte: “Professor, não vou aprender o que significa uma oração
subordinada substantiva objetiva direta!”. Sabem o que digo a estes estudantes
que pensam assim? “É mais fácil do que você pensa”. A “sacada” é a seguinte:
quando vocês estiverem realizando a leitura de um trecho e a palavra ISSO
encaixar perfeitamente antes do QUE ou do SE, tal fato quer dizer que este
trecho introduzirá ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA (e o QUE ou o SE serão
CONJUNÇÕES INTEGRANTES). As letras em destaque significam ISSO (de trás para
frente). Por fim, basta analisar a função sintática em que este trecho está:
sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc. Exemplo: “O amor demonstra que
tudo é possível” [pergunte: “O amor demonstra ISSO”… coube ISSO antes do QUE, e
ele é uma conjunção integrante, funcionando como OBJETO DIRETO, já que o verbo
DEMONSTRAR é transitivo direto neste contexto].
Em síntese, estudar para concursos
públicos é o mesmo que se preparar para uma guerra: vence quem está mais bem
preparado e consegue equilibrar o emocional no campo de batalha! Isso mesmo!
Não adiante saber muito e não equilibrar os sentimentos. Acredite em você,
confie em seus professores, leia as obras recomendadas, faça infinitos resumos,
organize o seu local de estudo, não se distraia com o celular (principalmente
em redes sociais… Rs…). Na atualidade, a distração tem levado muitos indivíduos
ao insucesso. Portanto, tenha sabedoria e não se transforme em um escravo do
Facebook ou do WhatsApp. Seja dono do seu próprio destino: aprender PORTUGUÊS
exige disciplina e dedicação. Assim, organize horários e estabeleça
prioridades: tenho certeza de que você logo atingirá a tão sonhada posse!